Recuperei-me, após o atropelamento voltei a correr. Por dias no estaleiro posterior o acontecimento o corpo sente.
Aprendi a não praticar só por divertimento, puxo o meu limite sou do tipo equino de duas patas, um puro sangue inglês selvagem, forte, veloz, feroz e indomável. Só para lembrar ´´melhore sempre, mesmo que seja da minha maneira`` é isso que levo na minha cabeça.
Pelo longo caminho de 10kms no qual percorri vim pensando, uns me consideram fresco, outros meio playboy e alguns me acham rústico. Mas foda se. Sou autentico e isso incomoda já que todos seguem o fluxo numa babação coletiva, e sou alérgico a isso.
Sou um homem sozinho correndo em uma praia de Copacabana fria, o vento rasga a cara mais sou indomável, correndo e pensando construindo meu ideal, com sangue nos olhos vou trilhando meu caminho seja como for, não leio script e não sigo o roteiro vejo dentro de mim o bem e o mau se confrontando pensando nos que me fazem bem e nos que me fazem mal.
Sei que, alguns me vê como um fantasma aterrorizante, pronto para assustar é só não provocar que serei inofensivo. Mas, se sobrar coragem provoque e se esconda, seja atrás da saia da sua mãe, em baixo dos lençóis ou em baixo da cama. Ficou com medo? Reze para não te achar, pois farei seu corpo entrar em colapso.
Meu humor é um elevador do décimo ao térreo a cada andar, uma variável subsequente.
A mente não é pura, é raciocinadora e o corpo é ignorante quando ambos se fundem me torno uma bomba atômica ambulante, a saga continua não vim aqui para escrever estória melancólica.
Eu corro de mais, corro de mim mesmo e não consigo escapar. Continuo fazendo o fim virar inicio...
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