terça-feira, 22 de junho de 2010

Sem pressa tentando driblar a ansiedade.


Tudo tem seu tempo certo. É o que eu costumo repetir para mim mesmo, numa tentativa tola de driblar minha ansiedade, ansiedade na qual sempre me consome. Mesmo que eu acredite piamente que, em nada adianta tentar antecipar fatos ou situações, sempre me pego imaginando o futuro, pensando como seria ou será, sonhando com o que ainda não posso ter.

Não se trata apenas de criar expectativas. É mais do que isso. É desejar de verdade. Eu quero tudo e quero agora sou mimado nesse sentido, não tenho paciência de esperar. Para mim não basta viver um fim de semana memorável, preciso emendá-lo numa segunda-feira empolgante e seguir a semana em ritmo acelerado e instigante.

Quero viver cada momento com todas as letras maiúsculas. Quero negrito e sublinhado e bastante exclamação. Quero me embriagar de sentimentos e sensações, sem deixar nem um gole para depois, querendo sempre ficar longe do coma de lamentações.

Sobra vontade e vigor para tanto, mas falta paciência, no entanto. Eu não tenho, mas quero o que não tenho e quero sempre mais espero sempre mais. Ao mesmo tempo em que tenho ganas de estar no ápice do agito, dou valor ao meu repouso continuo.

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